terça-feira, 15 de novembro de 2016

Tu que num vem nunca!

Sabe?  Tem um “sei lá cuantempo” q esperocê. Tarvez ha um “sempresperei”.
Sei q sá merda toda é p lá de piega. eu mermo quase vumito cuandôço isso demim mermo, mas fatué que: in meussoin (de durmí), nus desejo, nas punheta tu sempre passa, dêxa teu chêro, brinca de escondê e some.  tu vem cumas cara emprestada, um rebolado d’ôtra, um jeito q num é teu mais quase é, sabe? é como se eu visse mas num visse. e quando dô conta desse “num é” e do “quase é”, puta merda’ me intronxo todim d’agonia de num sê tu. dói, visse. dói pra porra! e sei q elas tbm num gosta não. pq qdo vê minha cara de “né tu não!” as bichinha muuuurcha dps vem cum ódju, umas zizquizira dos djabo querendo ranhá, mordê. e eu falo ‘perdoa eu, moça, perdoa eu! é q sô lesado mermu.”  umas entende, otras té hj e só penso que qm fica mais ixtrupiado sô eu, que queria tanto, mai tanto q só me enrolo num parecê daqui, num jeitim dali e me lasco p esquecer desses pedaço que é teu e num é.  e me resta o suspiro qdo a encrenca passa e rumino se da próxima tu vem, ou inda é: “té já”.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

findando mais um ciclo

2011 foi um ano de muitos aprendizados e a maioria das lições foram bem duras e difíceis. Houve perdas. Pessoas queridas que participaram na construção das nossas personalidades e do que somos já não estão conosco; seja pelo afastamento natural da vida, pelos deslizes que cometeram/cometemos ou ainda porque foram convidadas a fazer seus últimos passos de dança em uma outra existência. O fato, é que assim nos constituímos: a partir dos sucessos e fracassos, lágrimas e gargalhadas, encontros e partidas e neste processo a única certeza é a transitoriedade e efemeridade das coisas impulsionando-nos a uma flexibilidade que nem sempre estamos habituados ou queremos aceitar pelo simples fato de termos que abdicar da nossa tão almejada zona de conforto. Neste percurso o sofrimento ocasionado pelo aprendizado ainda não internalizado é um dos mais desconfortáveis ensinamentos e último recurso para nossa passagem de "Level" nesta escola que denominamos vida.
Contudo, perceber-se como parte integrante de um cosmos que foi arquitetado para o constante movimento, inovação, singularidade dos acontecimentos é talvez a maneira mais eficiente de minimizar ou amortecer os impactos causados pelas colisões desta mecânica universal.
Que neste novo ano, permaneçamos firmes no leme apesar das rochas, brisas, vendavais, ilhas ou portos que colidamos, passemos ou ancoremos. Troquemos as nossas velas para irmos muito mais além e "em mares nunca dantes navegados" ;que tenhamos liberdade para mudar as nossas opiniões mas bem fundamentados em nossos princípios. Com muito amor, gentileza e leveza no tratar e cuidar. Com muita gratidão aos que estiveram e estarão sempre ao nosso lado nos momentos mais tensos, mesmo quando a visão enturvece e o sorriso amarela, apoiando-nos com tanto esmero e dedicação. E sobre tudo, com a certeza de que tem um Deus que zela por nós e nos segura à mão em todos os momentos.

A tod@s um feliz 2012.

sábado, 20 de agosto de 2011

no parque

fim de tarde, um pouco de espera.
a preta desliza em sua bike até o gramado.
um beijo. deitamos.
carinho, risos, cafuné, sorrisos, encantos e um leve desvelar-me.
sentimento.
caminhar juntos, cuidado, sua mão busca a minha. meus carinhos sentem sua falta.
e o meu coroção ressequido se umidece pela força revestida em delicadeza.

cada dia melhor.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Tambaú

tantos amores
muitos sabores
poucos odores
me fazem afastar

quantos romances
vários nuances
sons embalantes
bem próximo ao mar

angustia e conflitos
infindos não-ditos
gritos reprimidos
me fazem parar

vida serena
braços da morena
sua boca pequena
me faz aquietar

quinta-feira, 7 de julho de 2011

vou

te entendo amor, te entendo.
talvez se fosse há um ano ou dois,

talvez fosse menos insistente, ou...

talvez estivéssemos no mesmo tempo, sintonia.

as exigêcias poderiam ser iguais, e nem falar de amor.

mas agora, agora eu amo.

amo.

sinto esse verbo desgastado e roto.

é. é disso que falo. do bem-querer, do cuidado, do suspiro...

falo da febre e da dor da presença. é. da presença.

porque a ausência não dói, não existe, é vazio. mas te sinto

em cada toque. tuas mãos, teu cheiro, teu cigarro. tua boca.

ah que boca!

te amo. e como não se pode amar só, eu vou.

parto por não poder te ter perto, prefiro ter-te longe.

te amo. te amo como há muito não amava.

foi bom. os bons momentos eu levo até que teus cachos

saiam de mim.

domingo, 26 de junho de 2011

manhã de domingo

vista turva, tento me localizar.
sofá, livros, quadro, sala

e da cozinha o cheiro da louça de ontem.

na cabeça as tarefas que não fiz.


em segundos traço planos pros dias e semana,

levanto e vou a padoca. pão frio.

compro algum doce e volto pra pia.

vida difícil a do adiar.


mais pratos e panelas,

café da jeane e lembranças de dez anos atrás

das trajetórias e vida que tivemos.

Kelton acorda e participa da conversa.


acendo o beque, em seguida um cigarro,

no colo o PC com a convicção q um poema sairia.

nada de fenomenal afinal,

é só mais uma manhã de domingo.